ATENÇÃO



A T E N Ç Ã O

As informações deste blog não foram escritas por um médico e não substituem o diagnóstico, acompanhamento e tratamento da doença falciforme. Não pratique a auto-medicação. CONSULTE SEMPRE O MÉDICO HEMATOLOGISTA!



segunda-feira, janeiro 02, 2006

Jornal da Unicamp

Estudo abre perspectivas para tratamento da anemia falciforme

Mecanismo que pode aumentar substância capaz de impedir a deformação das hemácias é identificado

A pesquisadora Nicola Conran Zorzetto, cujo estudo foi coordenado pelo professor Fernando Costa: estreita relação entre níveis elevados de GMPc e maior produção de hemoglobina fetal. Estudo desenvolvido pela pesquisadora Nicola Conran Zorzetto e outros cientistas do Hemocentro da Unicamp, coordenado pelo professor doutor Fernando Ferreira Costa e publicado em fevereiro no British Journal of Haematology, abre perspectivas para novas formas de tratamento da anemia falciforme, doença ainda incurável e que atinge em média um a cada cinco mil recém-nascidos. Bolsista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Nicola identificou a existência de um mecanismo nos glóbulos vermelhos de pacientes falciformes que pode ser responsável pelo aumento da hemoglobina fetal, substância capaz de impedir a deformação das hemácias, fenômeno fundamental na fisiopatologia da doença. Atualmente, a maior produção dessa hemoglobina nos organismos de portadores é induzida pela ingestão de hidroxiuréia, uma droga quimioterápica tóxica e com efeitos colaterais ainda parcialmente desconhecidos.

Nicola comparou os níveis de uma molécula denominada GMP cíclico (guanosina monofosfato cíclica ou GMPc) nas células vermelhas de um grupo de controle formado por três diferentes categorias de pessoas: 17 eram sadias, 22 pacientes falciformes e 11 doentes medicados com hidroxiuréia. Nos integrantes da segunda categoria ela encontrou níveis de GMPc cinco vezes superiores aos da primeira e maiores ainda entre aqueles que tomavam a droga.
O aumento do nível de GMPc ocorre quando uma substância chamada óxido nítrico ativa a enzima guanilato ciclase (GC) no interior das células. Esse processo também poderia contribuir para a maior produção da hemoglobina fetal, conforme resultados de um estudo in vitro de linhagens de células divulgados em 2001 por um grupo de Boston (EUA) que apontavam para essa hipótese.

Elo promissor – Coube a Nicola, após um ano e meio de trabalho, corroborar essa possibilidade em seu estudo com pacientes, ao provar a estreita relação entre níveis elevados de GMPc e maior produção de hemoglobina fetal. “É possível concluir que a elevação dos níveis dessa molécula influencia o aumento de hemoglobina fetal em portadores da disfunção”, afirma a pesquisadora.
Porém o achado mais relevante de seu trabalho é o que permite compreender melhor o mecanismo pelo qual a hidroxiuréia atua na produção da hemoglobina fetal em pacientes tratados com o medicamento, já que nas células dos integrantes desse grupo é que foi constatado o nível mais alto de GMPc.
“Quando eles tomam hidroxiuréia e há o aumento da hemoglobina fetal, também se intensifica nas células a disponibilidade do óxido nítrico e, conseqüentemente, a atividade da enzima guanilato ciclase, ocorrendo a maior produção de GMPc. É esse possível elo entre a ação da droga e o incremento da atividade enzimática que aponta para outras possibilidades terapêuticas em que medicamentos menos agressivos possam substituir a hidroxiuréia na ativação da GC”, observa Nicola.
No estudo, ela sugere que o aumento de níveis de GMPc nas células eritrócitas pode se constituir em um mecanismo para indução de hemoglobina fetal e representar um recurso terapêutico alternativo a hidroxiuréia para falcêmicos.

Pioneirismo – Especialista na investigação das características clínicas de doenças hereditárias dos glóbulos vermelhos, o professor titular em Hematologia e Hemoterapia Fernando Ferreira Costa, da Unicamp, enfatiza que o estudo de Nicola “é o primeiro a abordar esses aspectos na anemia falciforme” e mantém a tradição do Centro de Hematologia e Hemoterapia da Unicamp (Hemocamp) no desenvolvimento de pesquisas pioneiras em hemoglobinopatias.
O Hemocamp é instituição de referência nacional e internacional na investigação e tratamento de diversas doenças hematológicas hereditárias e adquiridas, e em seus ambulatórios são atendidas cerca de duas centenas de pacientes com doença falciforme e outras hemoglobinopatias, entre portadores de diferentes hemopatias.Fernando, que também é pró-reitor de pesquisa na Universidade, esclarece que não existe um tratamento definitivo para a anemia falciforme, mas sim drogas que podem melhorar consideravelmente a qualidade de vida dos portadores da doença, entre as quais a mais utilizada é a hidroxiuréia.
Tradicionalmente empregada para tratar câncer, a droga consegue aumentar consideravelmente a hemoglobina fetal após alguns meses de tratamento. Todavia, pode causar redução de glóbulos brancos e plaquetas sanguíneas, e causar hemorragias e infecções graves em falcêmicos submetidos a altas doses. Além disso, estudos dos efeitos do medicamento em crianças estão no início, e os médicos não sabem ainda se a droga pode ou não ser mutagênica ou carcinogênica a longo prazo.
“Os resultados da pesquisa conduzida por Nicola, entretanto, abrem um caminho promissor para o teste de novas drogas e terapias potencialmente benéficas aos pacientes, sem os inconvenientes da hidroxiuréia”, enaltece Fernando.
Hereditariedade é fator determinante - Anemia falciforme é uma doença hereditária, que leva a uma deformação das hemácias (glóbulos vermelhos) em forma de foice. Os glóbulos vermelhos são ricos em hemoglobina, molécula que dá a cor vermelha ao sangue e tem a função vital de transportar o oxigênio dos pulmões aos tecidos. Para poder passar facilmente por todos os vasos sangüíneos, mesmo os mais finos, as células são arredondadas e elásticas.
Porém na anemia falciforme, uma alteração genética na hemoglobina faz com que os glóbulos assumam a forma de uma meia lua ou foice, depois que o oxigênio é liberado. As células em foice tornam-se rígidas ou endurecidas e tendem a formar grupos que podem fechar os pequenos vasos sangüíneos, dificultando a circulação do sangue. Como há vasos sangüíneos em todas as partes do corpo, pode ocorrer lesão em qualquer órgão, como o cérebro, pulmões, rins e outros.
Essa condição é mais comum em indivíduos da raça negra. Existem países na África em que os portadores assintomáticos são mais de 20% da população. No Brasil, representam cerca de 8% dos negros. Mas devido à intensa miscigenação historicamente ocorrida no País, pode ser observada também em pessoas de raça branca ou parda.
A detecção é feita através do exame eletroforese de hemoglobina ou exame de DNA. A gestação em casais portadores do traço falciforme (em que a hemoglobina é do tipo que predispõe à doença, ainda que o homem ou a mulher não a manifeste) apresenta um risco de 25% para o nascimento de uma criança portadora de anemia falciforme. É indicado, portanto, aconselhamento genético antes do planejamento de filhos.O teste do pezinho, realizado gratuitamente antes do bebê receber alta da maternidade, proporciona a detecção precoce de hemoglobinopatias, como a anemia falciforme.
Mais informações no Hemocentro da Unicamp, telefones (19) 3788-8700 e 3788-8701. Fax (19) 3289-3511.

Conheça as manifestações
A doença falciforme pode se manifestar de forma diferente em cada indivíduo.
Geralmente é durante a segunda metade do primeiro ano de vida de uma criança que aparecem os primeiros sintomas da doença. Conheça as principais manifestações:

Episódios vaso-oclusivos e crises dolorosas É o sintoma mais freqüente, proveniente da obstrução de pequenos vasos sangüíneos pelos glóbulos vermelhos em forma de foice. A dor pode ser extrema e ser transferida para o abdome, tórax e articulações. Nas crianças pode haver inchaço muito doloroso nas mãos e nos pés.
Manifestações cutâneas – A mais comum é a úlcera crônica situada nas pernas, próxima aos tornozelos, a partir da adolescência.

Icterícia – O falcêmico geralmente tem cor amarelada causada pelo aparecimento de um pigmento no sangue, a bilirrubina. O fígado é responsável pela retirada da substância da circulação sangüínea. Devido ao mau funcionamento do órgão, ela continua no plasma e se torna visível principalmente na pele e no branco do olho.

Atraso de maturação física – Algumas crianças apresentam atraso no desenvolvimento físico e sexual. O problema torna-se aparente na primeira década de vida.

Crise de seqüestro de sangue – O baço é o órgão que filtra o sangue. Em crianças com anemia falciforme, o baço pode aumentar rapidamente por seqüestrar todo o sangue e isso pode levar rapidamente à morte por falta de sangue para os outros órgãos, como o cérebro e o coração. É a complicação da doença que envolve risco de vida e exige tratamento emergencial.

Infecções – Os falcêmicos são muito suscetíveis às infecções bacterianas, como pneumonias e meningites, na faixa etária até sete anos.

15 comentários:

Anônimo disse...

Andrea,
vim dizer que estou com saudades de tí.
Beijão

Luiz Eduardo de Oliveira Silva disse...

sair das crises e voltar ao trabalho, é motivador para vencer novos desafios?
Estou querendo fazer TCC de ciências contábeis com tema "Contabilizando hematoglobinopatias" enfocando a contabilidade social e gostaria de vossa colaboração.
Axé.

Anônimo disse...

por favor estou fazendo um trabalho pra apresentar na faculdade sobre doenca falciforme e gostaria muito de ter um depoimento autorizado de uma pessoa que fosse portadora, do traço falciforme e da anemia falciforme para colocar na introduçaõ do trabalho se for possível por favor encaminhe no meu e mail aila_viudes@yahoo.com.br
atenciosamente, obrigada
06 de setembro de 2006.

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

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Unknown disse...

Olá,

Vou fazer o meu TCC sobre Anemia Falciforme e gostaria de saber se pode me ajudar de alguma forma,com dicas ou Materiais...

Thais

Tata_mda7@hotmail.com

adriana disse...

eu sou portadora da anemia fosseforme, e agora recentemente estou gravida tenho medo que o meu bêbe tenho o mesmo destino que o meu o que eu devo fazer.

Anônimo disse...

Ola, estou neste momento me lavando de lágrimas.Tenho uma bebezinha linda de 1 ano e 10 meses portadora de anemia falceforme, nossa luta começou cedo, ao 7 meses ela foi p UTI ccom Bronquiolite e teve q tomar sangue, pois a HB dela caiu p 5. Com 11 meses pegou virose e o baço inchou um pouco e novamente UTI e tomar sangue. Em abril, quase perdir a minha jóia preciosa, pois ela teve seguestro de baço novamente e a HB caiu p 3, nossa foi horrível, sofremos muito, e como se não batasse acabei de sair do hospitla a 1 semana depois de mais um susto, outro sequestro e HB 4,5, mais sangue. Estou apavorada pois ela vai ter q tirar o Baço. Estou muito, mais muito angustiada, meu anjinho é tão novinha, e já esta passando por tudo isso, peço forças tdos os dia a Deus poi só ele sabe a dor q sinto no meu coração.....

Unknown disse...

oi... também sou portador do traço falciforme ....tenho diversos problemas de saúde como fraqueza e alergias..queria conversar mais com vc para que eu possa aprofundar meus conhecimentos...meu e-mail andrelalmeida@bol.com.br...ou no orkut..andre almeida 1000.sou de anapolis

Amarildo disse...

Gostaria que enviasse comentario sobre o remedio que a Nina de São Bernardo esta tomando.Temos filho com AF.
amarosja@terra.com.br

Anônimo disse...

Tb tenho Anemia Falciforme SC. e gostaria de saber um anticoncepcional ja usei uns dois mas gostaria de saber o mas usado.

Vanessa Duarte disse...

Tenho Anemina falciforme!

Navhania Deidre disse...

oi..eu me Chamo Navhania e sou portadora dessa terrivel doença sem cura Anemia falciforme.... Sempre tenho crises!Isso acontece mensalmente!É horrivél odeio o frio sinto muitas dores nos ossos e ñ tenho mas baço sempre tomo sangue e fico bastante amarela quando a crise vem,Tenho 21 aninhos e os dois unicos orgão que estão perfeito em mim é o útero e o coração... Só tenho um rim q funciona o meu pulmão está horrivel e eu ñ fumo!!! A doença ta atingindo agora o meu figado mas o meu hematologista disse que isso ñ é tão sério!Claro, ñ é do figado dele que estamos falando!!!
Sou muito revoltada com essa doença e odeio quando me mandam pro psicológo!!! Eu me estresso facilmente.. Ja li muito sobre a falciforme e sempre vejo que ela é de origem Negra pura metira pra mim ñ vale!Sou branquinha mas ultimamente estou amarela!!
Tive auta ontem graças a Deus eu ñ quentava mais to cansada disso ..
Quando sei que tenho que me internar me estresso....Tenho dó do meu Pai que sempre me acompanha moro com ele..E Percebo o sofrimento dele por minha culpa queria ser normal como todo mundo mas ñ deu né então fazer o que? Ñ é culpa dos meus Pais! Herdei essa doença do meu Bisa...
É a falciforme conseguiu o matar ele ñ coseguiu um doador de sangue tadinho morreu...
Mas eu sou Feliz tenho uma familia maravilhora que cuida de mim... Adoro quando saio do Hospital sou paparicada por todo mundo e como muito doce..Adoro doce!
Gosto de conversar muito sobre a falciforme... Eu ñ trabalho sou fraquinha acho que isso me irrita bastante só estudo estudo pra caralho sempre faço concurso , passo e sou selecionada mas nunk vou!!
Não sou casada nem tenho filhos...
Mas curto minha vida bastante as vezes até estrapolo ñ posso beber mas de vez em quando um red label com red buul ñ faz mas a ninguem! Ha meu Pai diz que sou teimosa quanto a dieta da falciforme mas faço minhas travessuras esconditas pra Ele ñ brigar!rsrs! Meus Pais são separados e acho isso muito legal ...É sério gosto mesmo! Só assim eu posso passear pra ñ enjoar o ambiente ..Mas gosto mais da cidade do meu Pai Acho que é por causa dos gatinhos!(Mas ñ contem isso a minha Mãe) rsrs E Assim vou vivendo minha vida Adooo'o'rooo Ela
Meu email é navaniasotnas@hotmail.com
é foi legal falar de mim!!!

Anônimo disse...

Oi, boa tarde!
No momento estou concluindo meu curso de Enfermagem e o meu trabalho tem como tema Anemia Falciforme, aqui no município é muito escasso literaturas ou trabalhos relacionados, então seria muito proveito se vocês me enviasse por e-mail trabalhos, relatos dos pacientes e dos profissionais que trabalhem na área de hematologia.
segue e-mail: itatiaiabatalha@hotmail.com

Flávia Mayer disse...

Bom dia,

Meu nome é Flávia e tenho traços de anemia falciforme, já a minha irmã tem
a 80% de célula s, ou seja, ela já tem mesmo anemia.
Ela tem 25 anos e tem o desenvolvimento lento, agora que está tomando o
remédio HYDREA, ela tem um desenvolvimento melhor, mas ainda se queixa
muito de seus seios que são pequenos.
Gostariamos de saber se ela pode colocar silicone, quais as conseuqências.
O hematologista dela disse que não há problemas, no tanto que ela tome
bolsa de sangue e etc, mas ela está muito assustada caso dê algum problema
na cicatrização e no pós operatório.
Por favor ajude-nos a saber mais sobre a anemia e gostariamos de um
conselho de um médico especialista.
Um forte abraço e lembrando que vai ser de muita ajuda a resposta desse
e-mail.
meu e-mail é
flaviamayer04@hotmail.com

Sem mais,

Flávia Mayer